Será que devo tirar o Glúten da minha alimentação?

Você já deve ter ouvido dizer que está na moda tirar da alimentação o glúten, mas… será que devo mesmo fazer isso?

Mas o que é o glúten? É uma fração proteica encontrada no trigo, na aveia, no centeio e na cevada, o que chamamos de TACC, ficando mais fácil lembrar onde estão presentes. É encontrada também no malte, que é um subproduto da cevada. Todos esses são utilizadas em larga escala em produtos alimentícios, bebidas industrializadas, e até em cosméticos.

Dependendo do grau de sensibilidade, a retirada do glúten do plano alimentar do paciente será total ou parcial, devendo ter o acompanhamento de um profissional nutricionista para avaliar a eficácia dessa exclusão através dos sintomas, e ainda, para montar um plano alimentar que como já falamos antes aqui, atenda à todas as suas necessidades nutricionais, hábitos alimentares e acessibilidade aos alimentos, deixando a alimentação equilibrada e possível de ser feita na prática.

Para substituir o glúten, existem no mercado farinhas de arroz, de soja, de quinua e de amaranto, fécula de batata e de mandioca, macarrão de arroz, de quinua ou de milho, fubá, polvilho azedo ou doce, pão, pizzas e bolos sem glúten. Ainda assim, não é muito fácil a alimentação dessas pessoas, visto que não são tão fáceis de encontrar no mercado.

Todos os rótulos de alimentos devem estar descritos se aquele alimento contém ou não contém glúten, é lei, justamente para deixar bem nítido para quem não pode consumir, evitar a ingestão do produto e suas consequências à saúde, como diarreia, prisão de ventre, afta, abdômen inchado, gases, problemas digestivos, enjoos, vômitos, problemas na pele, entre outros.

Num estudo feito com alimentos industrializados mostrou que a rotulagem é muito falha aqui no Brasil visto que muitos alimentos que não possuem naturalmente glúten, por contaminação cruzada na indústria, acaba apresentando essa proteína em sua composição, sendo muito negativo à quem tem, em especial, a doença celíaca, uma vez que na rotulagem está escrito não contém glúten mas, na prática, o alimento possui essa proteína.

A retirada do glúten só deve acontecer quando necessário, ou seja, só quando houver alguma patologia que exija tal ação, pois vários dos alimentos que possuem esta proteína são fontes de nutrientes essenciais ao organismo, como as vitaminas do complexo B, os minerais e as fibras.

Não queira simplesmente entrar na moda da exclusão do glúten da dieta se não houver motivos de saúde para isso.

Caroline Frota

Nutricionista CRN-6 12.404

Que frutinha é essa tal de Goji berry ?

Originada lá do outro lado do mundo, a novidade do momento tem despertado curiosidade por onde passa, e os adeptos da alimentação natural já conhecem bem essa parente do morango.

A fruta é popularmente conhecida e largamente consumida no sul da Ásia, em países como China, Tibete e Índia. Em cada lugar do mundo é consumida de uma forma predominante. Nos Estados Unidos, é encontrado o suco da fruta fresca. Já na China, é mais consumido na forma de chá feito da fruta seca e na Europa, é consumido como petisco, como se fosse uva passa, ou seja, seca. Em geral, consome-se mais a fruta seca do que ela in natura.

Ela chega ao Brasil em sua forma desidratada, já que não teria condições de a fruta chegar fresca ao nosso país para ser consumida.

Alimento pouco calórico, cerca de 50 calorias em uma colher de sopa, é um dos queridinhos da alimentação saudável, porém, deve ser consumida como coadjuvante de uma alimentação equilibrada. Ou seja, nada de trocar a fruta fresca do nosso dia a dia  pela, nova aliada, a goji berry. É para acrescentar e não excluir.

Seus benefícios:

- Controle do colesterol e função intestinal: Por possuir ômega 3,  evita a deposição de gordura corporal e age como um poderoso anti-inflamatório. É rico em fibras, o que auxilia na função intestinal, além de promover a saciedade e diminuir a absorção de gordura. Também oferece beta-sisterol, um agente anti-inflamatório, que ajuda a baixar o colesterol, além de ser um coadjuvante no tratamento da hipertensão arterial e da impotência sexual (considerado um viagra natural).

- Homens: O licopeno, nutriente presente na fruta, é super indicado para a saúde masculina, prevenindo o câncer da próstata.

- Imunidade e antienvelhecimento: Ela é rica em vitamina C, que é um poderoso antioxidante, ou seja, mantém as nossas células mais novinhas e conservadas, melhorando seu funcionamento, o que afasta o risco de doenças.

- Visão: Bom para nossos olhos, já que fornece betacaroteno ao nosso organismo. A  vitamina B2 presente, também é ótima contra as doenças degenerativas da córnea, como a catarata.

- Mulheres: Possui a ciperona, que regula a pressão arterial e também alivia o desconforto consequente do período menstrual.

- Humor: Possui triptofano, responsável pela melhora do humor, afastando a depressão.

- Controle do Peso:  É bacana pela presença das fibras, promovendo a saciedade, o que diminui a fome. E ainda, por possuir triptofano, que é precursor da serotonina, controla o apetite.

Como acrescenta-la na sua dieta:

Pode-se consumir o goji berry mastigando diretamente as suas frutinhas secas. Outras opções são misturar com frutas, como numa salada de frutas, em saladas, sucos ou mesmo no iogurte. Ela pode ser colocada junto ou no lugar da uva passa, como em um mix de castanhas.

A quantidade diária necessária para se atingir o efeito terapêutico, é de 15 a 45 gramas, o equivalente a uma até três colheres de sopa.

O ideal é armazenar em temperatura ambiente, longe de produtos químicos e sem luz direta. A fruta tem durabilidade de um ano e meio até dois anos.

Importante saber que ela é contra indicada  para crianças, gestantes e lactantes pela falta de estudos de segurança nesses indivíduos. E não deve ser consumida por usuários do anti-coagulante Varfarina.

Por isso, procure um nutricionista para montar um plano alimentar de acordo com os seus objetivos, hábitos alimentares e patologias, que vai saber o que é melhor para sua saúde e seu bem-estar. 

Caroline Frota

Nutricionista CRN-6 12.404